LAGRIMAS IMPREVISTAS

Acordei cheia de vontade de começar o novo dia. Vesti-me de preto, começava a pressenti-lo mas nem queria acreditar, era da minha cabeça. Lá fui para a escola, no caminho encontrei-te, desviei o olhar, não sabia o que fazer. Continuei a andar mas continuavas em pensamento, só me apetecia abanar a cabeça para saíres mas, nem assim. Cheguei a escola, entretanto tocou, lá entrei. As aulas nunca mais passavam, estava farta! Tocou. Finalmente. Estava farta de estar entre quatro paredes, já me faltava o ar. Mandei-te mensagem para ir ter contigo mas ainda ias almoçar.

-Almoçar? Pensei eu.

Nem fome tenho, só quero mesmo a tua resposta, começo a ficar numa ânsia tremenda.

Mas pronto, não havia nada a fazer, restava-me esperar.

Vim para casa, acabei por adormecer. Acordei com uma sms tua. Levantei-me na maior das rapidezes, calcei os sapatos, retoquei a maquilhagem e fui. Fui o caminho todo a pensar em qual seria a tua resposta, mas nem certezas tinha.

Vi-te a vir em direcção a mim com o maior sorriso. Sorri também, a verdade é que continuou com o friozinho na barriga dos primeiros dias de namoro e com o olhar brilhante que me deixas.

Sentamo-nos, sentaste-te a meu lado e olhaste-me nos olhos. Perguntaste se iríamos acontecesse o que acontecesse ser melhores amigos, eu respondi que sim.

Agarraste na minha mão e disseste, “apesar de tudo amo-te” eu perguntei já com uma dor no coração imensa “Estás a dizer que queres acabar? “ tu respondeste “sim, quer dizer, não sei”, “preciso de uma resposta, sim ou não?” “sim”.

Nem queria acreditar no que estava a ouvir, estremeci, respirei e engoli aquelas palavras, mas pareciam que não queriam ir.

Ias dizer qualquer coisa e eu disse “deixa-me falar”, tirei uma carta que te tinha escrito no dia antes, agarraste-a com a outra mão, dei-te um beijo na bochecha e disse “sê feliz” largamos as mão lentamente. Nem queria acreditar que era o fim. Tu disseste “não te vás embora” mas eu virei costas e fui. A dor era grande, as lágrimas faziam pressão para sair. Ainda não saíram todas e não sei se alguma vez irão sair, quanto ao coração foi só mais uma ferida viva e cheia de sangue derramado.

No papel que te dei a ultima parte dizia:

Por fim, o mundo acabou por me cair aos pés, estou a carregá-lo sozinha.

Passei a ser “eu” deixou de existir o “nós”.

Vão os textos, vão os sorrisos, vão os abraços, vão as palavras de amor e as tardes calorosas, a inspiração foi.

Ficam lágrimas, saudades e recordações, fica o amor.

Espero-te no mesmo sitio de onde te vi partir , talvez um dia voltarás <’3

Amei-te no passado, amo-te no presente e amar-te-ei eternamente. (L)

Volta !